Sua beleza era incomparável, perfeita como um sonho de verão.
Lembro-me dos dias em que costumávamos ficar na grama do nosso jardim de casa,
tomando limonada e conversando sobre como seria nossas vidas se perdêssemos um
ao outro, criando mais amor, amor que nem o do inverno, outono e nem mesmo o
verão pudesse nos separar, me lembro de quando o sol batia em seu rosto, e ela
olhava pra mim, eu via seus olhos brilharem, de quando eu deitava em seu colo e
ela com delicadeza passa suas mãos em meus fios de cabelo, me deixando
sonolento, quando a noite chegava, eu, bobo, sentado na ponta da cama olhando
ela em frente ao espelho se maquiando, penteando. Ela realmente era linda. Deixava-me
parado, pensativo, e tremulo. E eu me perguntava se realmente merecia seu amor
todo, eu contava os minutos ate a chegada da hora de dormimos, ela fazia sua
trança em seu cabelo ruivo e longo, eu á deixava dormi sobre meu peito, tinha
noites, que eu passava noites e noites sem dormi, só olhando para aquele rosto
meigo. Ao amanhecer, logo de cara sentia seu perfume de longe, era simples, delicado,
fraco e cheiroso. Fazia-me feliz, sabendo que tudo ia se repetir novamente. Isso
aconteceu durante dias, em uma noite eu acordei de madrugada para beber água,
mais ante lhe dou um beijo em seu rosto, ao voltar da cozinha com o copo na
mão, vejo de longe: seus olhos abertos, e sua mão sobre o carpete, meu copo cai
no chão e quebra, escorrendo toda a agua entre os dedos dos meus pés. Corro em
sua direção e a sacudo, grito dizendo que não posso perdê-la, de todas as
maneiras tentava reanima-la, mais naquela noite percebo que a perde para sempre.
Digo que a amo bem alto, tão alto que acordo do meu sono profundo, UM SONHO DE
VERÃO. Não passava tudo de um sonho ou um pesadelo, aquilo só me fez amar sua
pessoa cada vez mais profunda.
Sentia que minha amada estava triste, seus olhos não tinha
mais o brilho de tempos atrás, as palavras eram poucas, os sorrisos foram
acabando, os gestos eram pouco, só tínhamos mais uma noite de verão, ate isso estava
acabando. E ela cada vez mais triste consigo mesmo, eu a perguntava o que
estava acontecendo e ela não me respondia, nenhuma das minhas perguntas, só
dizia que me amava, eu não entedia nada, mais quando ela falava que me amava,
eu ficava mais calmo diante do desentendimento que ali acontecia, na ultima
noite de verão, ela me pediu pra abraça-la com toda a força, acaricia-la, a
deixava sentir que estava segura. Contei a historia de quando nos conhecemos,
de quando brigávamos, de quando a pedi em casamento, contei tudo ate ela pegar
sono, logo depois dormia agarrado com ela, na madrugada de (outono) acordei
para bebe água, antes de ir a cozinha beije em seu rosto, ao voltar da cozinha
com o copo na mão: vi seus olhos abertos, sua mão sobre o carpete, o copo escorregou
da minha mão e caiu no chão e se quebrou, senti a água escorrendo entre meus
dedos dos pés, rapidamente corri e abracei com toda força e falei que aquilo
não poderia está acontecendo, balancei ela, tentei reanima-la de todos os
jeitos, esperando sua reação, nem u suspiro consegui sentir, foi quando entrei
em desespero, a lagrima que prendi para esse momento, escorreu dos meus olhos,
gritei dizendo que a amava, o amava de verdade, “te amo, te amo”, fechava meus
olhos e pedia que aquilo fosse apenas mais um sonho, mais o destino foi bem
cruel, meus dias seriam e tristeza, seria o mesmo todos os dias, só não seria
igual as manhãs, eu não ia sentir seu perfume que me desse aquela vontade de
viver e amar a vida. Pois meu amor acabou naquela noite de verão, que pedi
tanto para ser um sonho daqueles, um sonho/pesadelo igual o outro da noite,
mais não, foi real. Tentava dormi e sonhar novamente aquele sonho que era
mentira, aquele SONHO DE VERÃO.
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